terça-feira, 6 de julho de 2010

Mãe de fissurada

Michele Lando Rogalski, mãe de fissurada de oito meses.


“Minha filha Gabriela, nasceu dia 13 de outubro de 2009 e o pediatra me disse que ela era perfeita. Porém, na sala de recuperação observei que ela não conseguia mamar no peito. Os dias foram passando e eu não conseguia fazer com que a Grabriela mamasse no seio. Todos diziam que ela ainda tinha reserva do útero, que não tinha fome e que era preguiçosa para sugar. Numa noite o leite começou a sair pelo nariz dela, como se fosse uma ‘babinha’, e as enfermeiras falavam que era normal. Como tenho um menino de quatro anos, sabia que tinha algo de errado. Incomodei a noite inteira as enfermeiras e a minha filha chorava de fome.
Pela manhã antes que eu falasse com o pediatra, as enfermeiras pegaram minha filha para trocar fralda e o pediatra iria pesá-la. Demorou um pouco e eu já estava preocupada. O pediatra apareceu com a Gabriela no colo. Muito sério. Achei estranho, pois ele sempre estava brincando.
Fiquei sabendo que minha filha tinha fenda no palato. Naquele momento muitas coisas se passaram na minha cabeça. Ninguém sabia me explicar com precisão como seria o tratamento. Tive que ser forte. Durante a tarde um médico me assustou, dizendo que era um caso raro. Chorei muito, pois eu não sabia para quem pedir ajuda. Comecei a pesquisar na internet e entender melhor o assunto. Depois de um tempo descobri que existia tratamento e com isso fiquei mais tranqüila. O pediatra ficou sabendo da FUNDEF de Lajeado e logo me avisou. Encaminhamos tudo certinho. Com um mês levamos ela para fazer a consulta. Saímos de lá com as dúvidas esclarecidas.
Mas eu queria muito amamentar, mas não teve jeito. Insisti muito, mas a Gabriela não queria. Então, eu tirava leite do peito e dava para ela, mas ela tomava só 10 ml por mamada. Aos 14 dias
minha filha acabou se engasgando com o leite, fiz as manobras necessárias para desafogá-la, porque eu já havia visto na internet. Ela continuava roxinha, corremos para o hospital, mas acabou tudo certo. Na verdade eu já havia desafogado ela, mas na hora do susto recorremos ao serviço hospitalar. Por sorte ela não tinha aspirado o leite para o pulmão.
Nesses meses que passaram como a Gabriela tinha muitas otites foi necessário fazer uma timpanotomia (colocação de tubo de ventilação no ouvido), para que ela não tivesse problemas de audição futuramente. A cirurgia de meia hora foi super tranquila, a Gabi passou super bem ficamos apenas algumas horas no hospital.
Dia 28 de Outubo de 2010 voltaremos a Lajeado para marcar a palatoplastia, pois nao foi marcada a data devido a uma pequena anemia que a Gabi teve. Mas agora ja melhorou e sera marcada a data, provavelmente para final de janeiro de 2011.
Hoje a Gabriela está com nove meses. Come de tudo e se alimenta muito bem. Agora é só aguardar com ansiedade a cirurgia e passar por mais essa etapa. Sei que Deus estará do nosso lado e vai dar tudo certo”.


2 comentários:

  1. Michele, bom-dia!
    Tenho um blog jornalistico em Lajeado.
    A Fundef está passando por dificuldades.

    Gostaria de sua permissão para reproduzir seu texto e a foto da Gabriela. Pode ser?
    Meu email: laurapeixe@gmail.com

    Att.

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  2. se vc nao reproduziu, poderia, desculpa mas nunca mais tinha entrado no blog

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